Diante do bom volume de chuvas ocorridas nos últimos dias e com 40% das lavouras de milho já em fase reprodutiva nas regiões atendidas pela Cocamar, o Departamento Técnico da cooperativa divulgou na quarta-feira (17/4) a estimativa de uma produtividade ao redor de 195 sacas por alqueire (80,5/hectare), ante uma previsão inicial de 2020 sacas por alqueire (90/hectare).
Conforme explica o gerente técnico Rodrigo Sakurada, algumas regiões sofreram um pouco mais com as variações climáticas nos últimos meses, caso de Maringá e seu entorno e o noroeste paranaense, onde os produtores semearam mais cedo, entre o final de janeiro e início de fevereiro.
“Além de temperaturas muito altas, houve períodos de falta de chuvas, o que afetou o desenvolvimento inicial das plantas, diminuindo o seu potencial produtivo”, afirma. Por outro lado, onde a cultura foi semeada um pouco mais tarde, a expectativa, na sua avaliação, é de uma produtividade dentro da média que havia sido projetada.
Quanto ao ataque de pragas, os produtores controlaram o percevejo e não tiveram problemas, até o momento, com a cigarrinha – que, nos últimos anos, à exceção de 2023, causou muitos danos. “A presença da cigarrinha está aquém da expectativa, talvez semelhante ao ano passado”, diz o gerente técnico, explicando que a partir de agora, quando o milho avança em sua fase reprodutiva, possivelmente comecem a ser percebidos os sintomas.
“Vamos saber se mesmo com uma população baixa, a cigarrinha vai deixar suas marcas”, comenta, lembrando que os produtores tiveram, sim, dificuldades para o controle de uma outra praga, o pulgão, que se alastrou principalmente durante o período mais seco.
Em resumo, conforme o gerente técnico, percebe-se diferenças no desenvolvimento das lavouras de região para região, por conta do clima irregular dos últimos meses, caracterizado especialmente por má-distribuição de umidade. Com as precipitações dos últimos dias, que atingiram todas as regiões, trazendo também um clima mais agradável, a situação se torna mais favorável.