Para conscientizar produtores cooperados sobre a importância de fazerem um adequado manejo de solo, visando a explorar todo o potencial produtivo das lavouras na safra que começa a ser semeada em setembro, o coordenador de agricultura digital da Cocamar, engenheiro agrônomo Víctor Palaro, visitou nas últimas semanas várias regiões atendidas pela cooperativa, nos estados do Paraná e São Paulo, em companhia do professor e doutor Marcelo Batista, especialista em solos, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Solo Forte - Nas reuniões, enquanto Marcelo Batista analisou principalmente a parte química, discorrendo sobre a necessidade de uma análise de solo bem-feita, bem como a sua interpretação e a devida correção, Victor Palaro apresentou o projeto Solo Forte que é desenvolvido pela Cocamar e a sua concessionária Cocamar Máquinas/John Deere.
Equipe especializada - Segundo Palaro, sem uma análise correta o produtor não tem como saber, exatamente, as carências nutricionais do solo e em que talhões elas são mais acentuadas. “Recomenda-se que a análise seja feita por uma equipe especializada, utilizando triciclos e sonda, o que permite uma amostragem padrão”, explica.
Amostragem inteligente - Como nem sempre o produtor conta com equipamentos para efetuar a coleta do solo, a Cocamar oferece o programa Solo Forte, que consiste em um serviço de amostragem de solo com pontos alocados de forma inteligente. Ou seja, utilizando como direcionador o conhecimento do agricultor, somado a informações como imagens de satélites, índices de Vegetação (NDVI) e mapa de produtividade.
Etapas seguintes - “A interpretação da análise deve ser feita, preferencialmente, com a orientação de um profissional técnico da cooperativa, que é preparado para isso”, observa Palaro. Por fim, a Cocamar faz a indicação de prestadores para a aplicação do corretivo por meio de equipamentos adequados – em relação aos quais nem sempre os produtores têm disponibilidade.
Deficiência em calcário - “Mesmo sendo a base de uma lavoura produtiva, o solo, de uma forma geral, ainda precisa de uma atenção maior por parte dos produtores”, afirma o coordenador, lembrando que uma avaliação feita há alguns anos pela Cocamar em parceria com a Embrapa em propriedades de cooperados no Paraná, apontou bons volumes de fertilizantes, mas deficiência em calcário. E, sem que o solo esteja corrigido, o fertilizante não responde ao esperado, o mesmo acontecendo em relação às sementes.
Gargalo - “A análise, sua interpretação e a correção do solo são ainda um gargalo para o aumento da produtividade”, comenta Palaro, ao reforçar que os produtores podem delegar esse trabalho a prestadores credenciados pela cooperativa. “Estamos na entressafra e ainda é tempo de preparar o solo para o ciclo 2024/25”, acrescenta, citando também que a Cocamar mantém um programa permanente de fornecimento de calcário, em todas as suas unidades, com condições especiais de pagamento.