Em Floresta no dia 17/9, o Rally Cocamar de Produtividade visitou o produtor Antônio Rodrigues Celloto, o conhecido Kiko Celloto, que está começando a dessecar suas áreas e espera concluir a semeadura da soja até 20/10, como faz todos os anos. “A chuva do último final de semana foi boa por aqui, ficamos animados”, disse ele.
Kiko e um filho cultivam cerca de 1,2 mil hectares na soma de vários municípios - Floresta, Ivatuba, Maringá e Itambé, além do Mato Grosso do Sul (Nova Andradina e Dourados) e São Paulo (Rosana) -, a maioria próprios. “Está cada vez mais difícil para o arrendatário”, cita.
Neste ano, mesmo com o clima pouco favorável no inverno, sua média foi superior a 100 sacas de milho por hectare e, na última safra de verão (2023/24), considerando todas as áreas, 58 sacas de soja. A família está em Floresta desde 1975.
A unidade da Cocamar em Floresta cobre uma área de 16 mil hectares, dos quais 254 foram semeados antes das últimas chuvas. Se o clima tivesse ajudado, pelo menos 30% do total já estaria semeado, segundo informa o gerente Odailton Pacheco. Nos próximos dias, se houver previsão de boas chuvas, muita gente vai se arriscar a semear.
Conforme explica o gerente técnico Rafael Furlanetto, da cooperativa, as chuvas tiveram volumes variados, entre 70 e 10 milímetros, ou seja, na maior parte das áreas não foram suficientes para que os produtores iniciem com tranquilidade a semeadura. “Nossa recomendação é que a operação comece após chuvas acumuladas entre 70 e 80 milímetros”, frisa, ao salientar que, de qualquer forma, as recentes precipitações foram bem-vindas para a dessecação de plantas daninhas.
“Quanto menos a soja conviver com plantas daninhas, melhor será a produtividade”, acrescenta Rafael, explicando que se alguns tipos de ervas não forem controlados agora na dessecação, que é a fase pré-semeadura da soja, não haverá ferramentas para fazer esse controle depois.
“É importante que o produtor faça uma dessecação bem-feita, utilizando herbicidas pré-emergentes. Essa é uma etapa fundamental para o sucesso da lavoura”, afirma o gerente técnico.