Cocamar e Coopsoli fazem trabalho de conscientização da população para ajudar a frear o greening nos pomares

25/02/2025

Compartilhar

O atual período é de entressafra para a cultura da laranja, a colheita da fruta na região inicia somente em maio, mas os produtores precisam se manter permanentemente ligados no controle do psilídeo, o inseto transmissor do greening - a pior doença dos pomares, que ainda não tem tratamento eficaz e é causada por uma bactéria.

Recentemente, com o lema “Para a incidência ser zero, o controle precisa ser dez”, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) lançou uma campanha para reforçar o alerta junto aos produtores quanto a necessidade de uma ação rigorosa para tentar reduzir a presença do inseto nas principais regiões produtoras do país e áreas de expansão.

O psilídeo se reproduz principalmente em pomares mal-cuidados, em pequenos pomares mantidos em chácaras e, mesmo, em plantas cítricas em fundos de quintais, que não recebem tratamento. E, no meio urbano, espécies ornamentais como a murta, também conhecida como “dama da noite”, são hospedeiras da praga.

No Rotary

Na região, o trabalho de conscientização dos produtores e da população é feito rotineiramente. No último domingo, por exemplo, a equipe técnica de citros da Cocamar Cooperativa Agroindustrial e da Coopsoli (Cooperativa de Produtores do Mercado Solidário) participou de um evento no Rotary Club de Paranavaí, comemorativo aos 120 anos do Rotary Internacional.

Na oportunidade, a engenheira agrônoma Kelyn Henkemaier fez palestra sobre a importância de toda a sociedade se mobilizar – e não apenas os produtores – para evitar o alastramento da enfermidade. Segundo ela, a citricultura é um dos pilares da economia da região noroeste, gerando riquezas, impostos e centenas de empregos que beneficiam a população em geral.

Estimativa

A terceira reestimativa da safra de laranja 2024/25 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada no último dia 10 pelo Fundecitrus, aponta que a produção da temporada deve ser de 228,52 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg, 2,4% maior do que a quantidade estimada anteriormente, 223,14 milhões de caixas, divulgada em dezembro. No entanto, o volume ainda é 1,7% menor do que a projeção inicial, de 232,38 milhões, prevista em maio.

As chuvas dos últimos dois meses foram bem distribuídas em todas as regiões, o que contribuiu diretamente para o aumento do tamanho dos frutos da quarta florada, principalmente das variedades Pera e Natal.

Na região

Em 2024, a Cocamar e a Coopsoli registraram o recebimento de 1,668 milhão de caixas, volume bem abaixo das 2,625 milhões de caixas do ano anterior, sendo que a redução causada por fatores climáticos e os efeitos do greening. Para a safra de 2025, estão orçadas 1,8 milhão de caixas.