Lourenço fala sobre a safra no evento A Hora da Colheita

24/03/2025

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A seu ver, é preciso atentar para a adoção de práticas conservacionistas, como o manejo adequado do solo. “O solo nem sempre é bem cuidado”, disse, lembrando que uma alternativa para que os produtores sejam mais sustentáveis em seus negócios, é o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, modelo que, entre vários outros benefícios, revitaliza o solo e diversifica as fontes de renda.



Bancada


Lourenço compôs um grupo de lideranças especialmente convidadas que compuseram a bancada, formada pelo prefeito de Maringá, Silvio Barros, o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, o presidente da Alcopar Bioenergia, Miguel Tranin, o presidente da Sicredi Dexis, Wellington Ferreira, a presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, o presidente do Grupo Santa Terezinha, Paulo Meneguetti, o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Leandro Vanalli, o vice-presidente da Unicampo, Luciano Ferreira Lopes, e o diretor da Certezza Consultoria, Márcio Rodrigo Frizzo.

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Desafios



Sob a mediação do jornalista e comentarista Cassiano Ribeiro, da CBN Brasil e editor-chefe de agronegócios dos jornais Valor Econômico e O Globo e da revista Globo Rural, o evento discutiu também alguns desafios que preocupam o setor, entre eles os efeitos da reforma tributária.


“Sempre enfrentamos crises, estamos acostumados a isso, mas temos que ser otimistas, pois o agronegócio brasileiro é um setor fantástico, que avança para ser o mais importante provedor de alimentos do mundo”, completou Lourenço.


Números


Considerando a soja, principal produto do agronegócio paranaense e levando em conta que o Paraná é o 2º maior produtor nacional, em 2024 o Valor Bruto de Produção (VBP) foi de R$ 37,6 bilhões, uma queda de 28,7% em comparação aos R$ 52,7 bilhões alcançados em 2023, refletindo a severidade das condições climáticas.


Em relação ao milho, também o segundo maior estado produtor, houve igualmente de 2023 para 2024 uma queda expressiva de 23,6% no VBP, que passou de R$ 17,1 bilhões para R$ 13 bilhões, como resultado de intempéries que prejudicaram a colheita e a produtividade em várias regiões do estado.


E houve perdas importantes também na safra de trigo, em relação ao qual o Paraná se posiciona entre os principais produtores do país.


Proteína animal

Em compensação, no setor do frango de corte o Paraná manteve a liderança no ranking nacional, com um VBP de R$ 35,7 bilhões (quase igual ao da soja), um crescimento de 8,6% em comparação aos R$ 32,8 bilhões registrados em 2023. Esse desempenho reflete o fortalecimento das exportações, especialmente para mercados asiáticos e do Oriente Médio, e a eficiência das cadeias produtivas integradas no estado.


O Paraná e o 2º maior produtor de leite, o 3º em carne suína, o 4º em produção de ovos, o 1º em cultivo de peixes (tilápia), o 1º em feijão, e tem participação de destaque, no contexto nacional, nos segmentos de cana-de-açúcar (com açúcar, etanol e outros), mandioca, laranja e demais frutas, batata, café, casulos e madeira de floresta manejada.


Representatividade

Apesar de representar apenas 2,3% do território nacional, o Paraná contribuiu em 2024 com 11,25% de todo o VBP da agropecuária brasileira. Na soma de todas as atividades agrícolas e pecuárias, o VBP, ou seja, toda a geração de riquezas do setor no Paraná em 2024 foi de R$ 136,9 bilhões, ficando abaixo do recorde obtido em 2023, de R$ 153,2 bilhões.

Autor: Imprensa Cocamar