PALAVRA DO PRESIDENTE: Ainda é tempo de corrigir o solo para a safra de verão

16/07/2025

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O período de semeadura da safra 2025/26 começa em setembro e, até lá, o produtor precisa tomar algumas medidas indispensáveis para tornar a lavoura mais tolerante a previsíveis veranicos, que acabam comprometendo o seu resultado. Vale ressaltar: não há como controlar o tempo, mas é possível minimizar os seus efeitos.

Isto é ainda mais necessário diante da expectativa, no próximo ciclo, de preços abaixo do patamar histórico para a soja, no mercado internacional (a menos que se tenha nesse cenário a interferência de fatores como conflitos geopolíticos, a disparada do dólar ou uma redução da safra americana). De qualquer forma, o produtor necessita promover ajustes na gestão do negócio a fim de ser mais eficiente e não depender tanto da sorte.

Não há outro caminho: a permanência no setor depende, cada vez mais, do aumento constante das médias na lavoura para enfrentar os desafios naturais de uma atividade a céu aberto e cujos custos estão sempre em elevação.

Mas o que, basicamente, o produtor deve fazer? Para início de conversa, a cada duas safras, promover uma completa análise de solo em sua propriedade, visando a necessária correção com calcário e gesso. Para facilitar, além de orientação técnica especializada, a Cocamar mantém campanha permanente para o fornecimento desses corretivos, oferecendo condições especiais de pagamento, e conta com prestadores para a execução do serviço.

Manter o solo devidamente corrigido é o mínimo a fazer para explorar o potencial tecnológico dos insumos e garantir que a produtividade evolua, mas é preciso ir além desses cuidados e, por meio de seu departamento técnico, a Cocamar pode orientar detalhadamente. Possibilitar que as plantas aprofundem as raízes e adotar um manejo correto para cobertura, por exemplo, fazem parte da estratégia para tornar a lavoura mais tolerante a um eventual estresse hídrico, de forma que mesmo em anos difíceis haja rentabilidade.

Isso é demonstrado por produtores que trabalham assim e são muitos os exemplos entre os cooperados. A evolução, como já dito, é essencial para a sobrevivência, mas o que se observa, ainda, é uma preocupante dispersão de produtividade nas regiões atendidas pela cooperativa, em que as médias caem fortemente quando da ocorrência de veranicos, incluindo os de curta duração, e continuam patinando mesmo em anos favoráveis. E uma das causas, por incrível que possa parecer, é a falta de correção do solo.

Converse o quanto antes a respeito desse assunto com o profissional técnico de sua unidade. Continuar contando somente com o fator sorte pode ser pouco em um setor que requer, cada vez mais, profissionalismo, planejamento e mentalidade empresarial.