Reunindo 110 participantes, entre produtores e técnicos, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial e a Cooperativa de Produtores do Mercado Solidário (Coopsoli) promoveram no final da tarde da última terça-feira (26/8) no Sítio Dois Irmãos, em Nova Esperança, região de Maringá, um dia de campo sobre a produção de laranja.
O evento abordou nutrição de plantas, manejo de pragas e doenças e contou com uma palestra sobre manejo de plantas daninhas com o especialista Dr. Rodrigo Martinelli, do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, um dos mais respeitados do país, localizado em Cordeirópolis (SP).
De acordo com o gerente técnico de culturas perenes da Cocamar, engenheiro agrônomo Gabriel Costa, iniciativas assim são importantes para que os produtores e técnicos se mantenham atualizados sobre novas práticas e tecnologias.
Organizado pelas unidades de Nova Esperança e Paranavaí, o dia de campo contou com o apoio da Cocamar Irrigação, Viridian Fertilizantes e empresas parceiras FMC, Yara, Corteva, Koppert, Bayer, Basf e Nova Source.
No dia seguinte, o Dr. Rodrigo Martinelli ministrou um treinamento aos profissionais de ambas as cooperativas, com foco em plantas daninhas.
A colheita da safra 2025/26 começou em maio pelas variedades precoces e segue mais lenta em comparação à anterior devido às múltiplas floradas ocorridas, o que resulta em frutas com diferentes períodos de maturação na mesma planta.
Produção maior
A estimativa de safra realizada pela equipe de matéria-prima a campo, da Cocamar e da Coopsoli, aponta para um volume entre 15 e 20% superior ao do ciclo 2024/25. Esse incremento de produtividade não se restringe ao Paraná: números divulgados pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) no cinturão citricola brasileiro, formado pelos estados de São Paulo e Minas Gerais, sinalizam para uma produção 36,2% superior em relação à última.
Greening
A engenheira agrônoma Kelyn Henkmaier, da Coopsoli, cita que o principal desafio da citricultura continua sendo o grenning, doença causada pelo inseto vetor psilídeo que, há duas décadas, devasta as regiões produtoras no Brasil e no mundo. “Nos últimos anos, o aumento da população do psilídeo e consequentemente de plantas doentes, vem alarmando ainda mais todo o sistema produtivo, pois ao menor sinal de contaminação, a planta está condenada e precisa ser erradicada”, afirma.
Por isso, segundo ela, a frequente capacitação promovida pela Cocamar e a Coopsoli para seus técnicos e cooperados, é fundamental para que o manejo seja conduzido de forma assertiva.
Autor: Imprensa Cocamar